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Posicionamento da Psicologia à respeito de pais que se divorciam.

  • Maira Souza
  • 18 de jan. de 2017
  • 2 min de leitura

Nós Humanos somos seres sociais e consequentemente temos a necessidade de pertencimento, de ter um(a) parceiro (a), não apenas para a reprodução da espécie, mas para se sentir amado e construir uma vida juntos, surge então o desejo de se casar e ter filhos, porém a vida as vezes acaba levando um rumo diferente do desejado e leva o casal a decisão do divórcio.


A decisão do divórcio é emocionalmente desgastante, muitos tomam essa difícil decisão de forma rápida e outros ficam esperando o momento certo para decidir, pensado nos filhos e nas conseqüências que virão a partir deste ato. O que quero trazer em questão é: perante um casal que possui filhos ainda crianças, como estas reagem ao presente contexto?


Desde quando a criança nasce, está em constante desenvolvimento e em processo de formação de caráter, qualquer acontecimento durante esta formação pode leva - lá a mudar seus comportamentos e influenciar sua adolescência e vida adulta.


A criança que sempre conviveu com seus pais em uma mesma casa, mesmo com muitos conflitos, não consegue imaginar seus pais separados, morar com um e deixar o outro, gera então um contexto de vulnerabilidade e perante este apresentam alguns sentimentos, como choque, confusão, culpa, raiva, ansiedade, alívio (em casos de violência e muito conflito), tristeza, vergonha, saudades e esperança[1].


Algumas podem ter problemas emocionais e comportamentais mais duradouros, mas esta conseqüência não é inevitável, cerca de um terço das crianças cujos pais se divorciam têm problemas significativos nos anos seguintes, um terço delas possui dificuldades moderadas e o terço restante se adapta bem ao divórcio[2].


Mediante os problema relatados é importante que a decisão do divórcio primeiramente seja algo muito pensado, seja uma decisão consciente, e decidindo se divorciar que entendam que estão divorciando do parceiro e não dos filhos, evitando se tornar ausente na vida deles e também não os deixando sentir culpados pelo acontecimento.


É importante que não se omita ou minta, a criança sabe o que está acontecendo, a melhor decisão é tratar tudo de forma aberta, é importante que não se interfira nos sentimentos do filho pelo ex-parceiro, até porque podem ser ex-marido ou ex-esposa, mas nunca serão ex-pais, evitando que se obtenha um clima de ressentimentos.


O essencial é que a criança tenha um acompanhamento psicológico, o profissional auxiliará na superação desta etapa e possivelmente minimizando as seqüelas emocionais.

Por mais que seja difícil é necessário que neste momento haja sensibilidade e que não haja egoísmo por parte dos pais, mas que estejam acima de tudo preservando a criança e o futuro dela.




[1] CNJ. Cartilha do divórcio para pais. Brasilia, 2013. Disponível em: http://www.cnj.jus.br/files/conteudo/destaques/arquivo/2015/06/f26a21b21f109485c159042b5d99317e.pdf Acessado em 15 jan 2017


[2] Ler nota de rodapé 1.


 
 
 

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